O cheiro estava impregnado pelo quarto inteiro, forte e ardido. Parecia incenso, talvez ervas queimadas, mas não soube reconhecer do que se tratava aquelas fragrâncias tão amargas, porém ledoras do alívio. E enquanto isso, seus olhos se abriram lentamente, captando, de início, somente a luz azulada do céu de amanhecer, ainda escuro, mas em Kalasch os dias não eram claros. A luz atravessava uma cortina espessa, num tom marrom escuro e seu tecido balançava lentamente devido à brisa gélida que atravessava as grades da janela pela pequena abertura do vidro, que permanecia quase fechado visto que o hóspede ainda não havia acordado plenamente, suscetível ao frio e ao ardido da topaíta, embora naquele dia, a topaíta fosse menos espessa. Willian finalmente acordou, mexendo de leve os dedos das mãos, antes formigantes. Ele respirou fundo, como se acordasse do sono profundo. Ergueu as pálpebras e contemplou um sacerdote acendendo velas de perfume adocicado, mas ainda de essência ardida. O sacerd...