Futuro

Brasa que arde em mar tempera a carne,

sal que corrói também preserva o rosto;

hoje me banha um pranto que já não parte,

amanhã será outro do mesmo desgosto.


Chove em degredo a triste essência,

de prender ao solitário sonho dissociado;

da finitude finita da bela complacência.

Vida só, de tanto mastigar o próprio fado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Alta Fantasia e o Espelho Colonizado: Uma Reflexão Sobre Cultura Engessada e Produção Literária no Brasil

Cento e Vinte Passos na Penumbra - Prólogo

Soneto de Anelo e Saudade