Desilusão
A vida desilude-te e descontenta-te
a ponte do querer da ambição,
a ânsia de possuir e almejar-te
e a dor de se perder na solidão
Julgo ausente teu vívido olhar,
em vagas palavras, o que há de ser
até presente, mas nunca estará
Em meu triste contento de se viver
Em terra vil eu almejo
Por justa injúria e lei, sã e cega,
Fim desse descontentamento
és tudo o que desejo.
Oh!, cessar da alma o árido tormento.
Leva contigo a cobiça fugaz,
E em troca, vida eterna prometo;
Comigo firme, em veracidade e paz,
O que desejo, em rima tétrica, completo.
Do querer em ânsia e da ambição,
Persisto em busca do alento
que cura a fria dor da solidão,
De se viver a poeira de fragmento.
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